quarta-feira, 17 de outubro de 2012

O poder da mídia

  

Sempre que pensamos em PODER e MÍDIA fatalmente associamos à políticos/governos que buscam a exposição midiática para legitimação popular de suas ações e, consequentemente manter-se nas instituições que detém o poder político. Sabemos que essas duas palavras têm uma abrangência muito maior do que apenas ao cenário político, ainda mais em mundo capitalista em que o poder de mercado exerce um domínio muito grande.

Contudo, neste post, gostaria de tratar mídia e poder sob o ângulo da política, visto que o personagem principal desse blog - Charles Foster Kane – também se aventurou por esses mares, porém, sem sucesso.

No último dia 7 de outubro, em todas as cidades do País milhões de pessoas foram às urnas para votar e escolher os futuros governantes de seus municípios. De forma prevista pela lei, durante 44 dias, todos os candidatos tiveram um espaço na mídia local para expor suas propostas, seja no rádio ou na TV.

No entanto, não é nesse espaço que o candidato/político exerce a sua influência. O verdadeiro embate político se dá nos bastidores, nos acordos, nas ações estratégicas e nos fatos gerados para que haja destaque por parte da mídia.

A exemplo filme “Cidadão Kane”, em que Charles Kane perde a eleição presidencial dos Estados Unidos devido a descoberta e exposição de um relacionamento extra-conjungal, podemos notar que nas histórias das grandes campanhas eleitorais sempre há um fato – produzido por parte do candidato, ou não – que alavanca a corrida eleitoral ou que a condena ao fracasso.

Devido à sua grande abrangência e sua característica formadora de opinião, a mídia conquistou um espaço detentor de poder, cobiçado por todas as outras instâncias de poder. Não é à toa que os grandes caciques políticos são proprietários de veículos de comunicação ou mantém relações estreitas com os donos.

Pelo fato de não ser declaradamente uma instância de poder, a mídia se desloca através do entretenimento e do jornalismo exercendo sua influência de maneira despercebida. Esse é poder da mídia.

Com o surgimento da internet, podemos dizer que esse poder se pulverizou e que, através do anonimato a sociedade também pôde ter voz e participação nos movimentos sociais. Os blogs, por exemplo, são as melhores plataformas de busca de informação independente, pois sem custo algum, o cidadão pode ter um canal para compartilhar e ter acesso à informações que não passam pelas grandes mídias. É fato que isso não exclui a possibilidade do envolvimento do interesse de outros, porém é uma alternativa. 

O que nos resta é apurar o senso crítico para ter um olhar mais atento à essas correntes que tentam nos levar de lado a outro. Afinal, poder e mídia sempre estarão interligados.

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